Greve de servidores paralisa licença para petróleo na foz do Amazonas
Processo é considerado prioridade para a Petrobras e para o governo. Greve acontece em todo o Brasil por tempo indetermindado
- Categoria: Brasil
- Publicação: 02/07/2024 14:01
- Autor: Madu Toledo, Maria Eduarda Portela
De acordo com a Associação Nacional dos Servidores de Carreira de Especialista em Meio Ambiente (Ascema), a paralisação dos servidores ambientais federais em todo o país, acabará por pausar a decisão da licença para exploção de petróleo na foz do Rio Amazonas. O processo é considerado prioridade para a Petrobras e para o governo.
Ainda em 2023, o antigo presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou que havia a expectativa de a petrolífera receber, este ano, o aval do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para perfurar um poço exploratório de petróleo e gás na Bacia da Foz do Rio Amazonas.
A empresa tenta, desde 2013, conseguir a permissão.
A área, com potencial de exploração de 14 bilhões de barris de petróleo, é considerada uma região de alta relevância biológica, com recifes de coral ainda pouco estudados, que se estendem por 1.350 km. A costa amazônica abriga, ainda, 80% da cobertura de manguezais do país.
Greve geral
Os servidores do Ministério do Meio Ambiente (MMA), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Serviço Florestal Brasileiro (SFB) iniciaram uma greve em todo o país, com tempo de duração indeterminado.
Por meio de um comunicado divulgado nesta terça-feira (2/7), a Associação Nacional dos Servidores de Carreira de Especialista em Meio Ambiente (ASCEMA) infromou que a paralização ocorre após “8 meses de negociações infrutíferas com o governo federal”.
A categoria reinvidica a reestruturação de carreira, a melhoria das condições de trabalho e a realização de novos concursos públicos. A greve é uma resposta à finalização das negociações sem a relização de um acordo, informou a Associação.
Em maio, as assembleias rejeitaram uma proposta feita pelo governo. Já em junho, a categoria apresentou uma contraproposta, que foi recusada. Sem uma decisão, a mesa de debate chegou ao fim.
Fonte: Metrópoles