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Bolsonaro aguarda mais correções da PF sobre caso das joias

Desde que deixou o Planalto, ex-presidente enfrenta investigações do Judiciário e da PF
  • Categoria: Brasil
  • Publicação: 09/07/2024 09:55
  • Autor: Pleno.News

Nesta segunda-feira (8), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que espera "muitas outras correções" por parte da Polícia Federal em relação ao inquérito sobre o caso das joias. O relatório final da PF, divulgado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, inicialmente avaliava as joias supostamente desviadas por pessoas ligadas a Bolsonaro em R$ 25,3 milhões. Após a retirada do sigilo, a PF corrigiu o valor para R$ 6,8 milhões, citando um "erro material".

 – Aguardemos muitas outras correções. A última será aquela dizendo que todas as joias “desviadas” estão na CEF [Caixa Econômica Federal], Acervo ou PF, inclusive as armas de fogo – escreveu Bolsonaro na rede social X.

 Em seguida, o ex-presidente cobrou um posicionamento da Polícia Federal sobre o caso Adélio:

 – Quem foi o mandante?

 A PF concluiu que Adélio Bispo, autor da facada em Bolsonaro durante a campanha eleitoral de 2018, agiu sozinho. Em junho, a corporação solicitou o arquivamento do inquérito que investiga a facada, mas realizou uma operação contra o advogado de Adélio, Fernando Costa Oliveira Magalhães, por suposta ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC). A PF afirmou que não há relação entre a tentativa de assassinato e a organização criminosa. O relatório final do caso Adélio foi apresentado à Justiça, que decidirá sobre o andamento das investigações.

 **Entenda o caso das joias e as conclusões da PF**

 A Polícia Federal concluiu que havia uma associação criminosa no governo Jair Bolsonaro com o objetivo de desviar joias e presentes de alto valor recebidos pelo então presidente. Segundo a PF, o valor parcial dos presentes entregues por autoridades estrangeiras ao ex-chefe do Executivo somou R$ 6,8 milhões.

 Bolsonaro foi indiciado na última semana por supostos crimes de associação criminosa, peculato e lavagem de dinheiro. Além dele, outras 11 pessoas foram indiciadas:

 - Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Júnior, ex-ministro de Minas e Energia;

- Fábio Wajngarten, ex-chefe da Secretaria de Comunicação Social de Bolsonaro;

- Frederick Wassef, advogado de Bolsonaro;

- José Roberto Bueno Junior, ex-chefe de gabinete do Ministério de Minas e Energia;

- Julio Cesar Vieira Gomes, ex-secretário da Receita Federal;

- Marcelo Costa Câmara, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;

- Marcelo da Silva Vieira, ex-chefe do setor de presentes durante o governo Bolsonaro;

- Marcos André dos Santos Soeiro, ex-assessor do ex-ministro de Minas e Energia;

- Mauro Cesar Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;

- Mauro Cesar Lourena Cid, general do Exército e pai de Mauro Cid;

- Osmar Crivelatti, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Fonte: Pleno news