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Pães de Forma com Teor Alcoólico Elevado: Impactos e Respostas das Marcas

Estudo da Proteste alerta sobre alto teor de álcool em pães de forma populares
  • Categoria: Brasil
  • Publicação: 11/07/2024 10:14
  • Autor: Débora Oliveira
Um estudo realizado pela Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, Proteste, revelou que diversos pães de forma populares no Brasil apresentam concentrações de álcool significativas, capazes de levar motoristas a serem flagrados no teste do bafômetro.

Marcas Avaliadas e Resultados

Das dez marcas analisadas, três apresentaram concentrações de álcool que excedem o limite permitido para bebidas alcoólicas, estabelecido pela legislação brasileira em 0,5% de etanol:

  • Visconti: 3,37%
  • Bauducco: 1,17%
  • Wickbold Sem Glúten: 0,89%
  • Wickbold Leve: 0,52%
  • Panco: 0,51%

Reações das Marcas

Bauducco e Visconti:
A Pandurata Alimentos, responsável pelas marcas Bauducco e Visconti, destacou que adota rigorosos padrões de segurança alimentar, incluindo certificações reconhecidas internacionalmente. A empresa afirmou que cumpre todas as normas e regulamentações vigentes na produção de seus alimentos.

Panco:
A Panco, com mais de 70 anos de mercado, enfatizou seu compromisso ético e qualidade dos produtos. A empresa alegou que não utiliza etanol deliberadamente em sua produção, mas ressaltou que o álcool pode ser um subproduto natural do processo de fermentação. A Panco afirmou estar aberta a análises complementares para avaliar os pontos levantados pelo estudo da Proteste.

Wickbold:
O Grupo Wickbold, que inclui as marcas Wickbold e Seven Boys, assegurou que seus processos de produção seguem rigorosos protocolos de segurança e qualidade, cumprindo todas as normas estabelecidas. A empresa declarou que não foi notificada sobre o estudo da Proteste, mas está disposta a avaliar a metodologia e prestar os esclarecimentos necessários assim que tiver acesso às informações detalhadas.

Impacto e Recomendações

A Proteste alertou que a presença de álcool em níveis tão elevados nos pães de forma não é informada aos consumidores e pode representar um risco, especialmente para grupos sensíveis como crianças e gestantes. A associação recomendou cautela no consumo desses produtos até que medidas sejam tomadas pelas empresas para mitigar essa questão.

Conclusão

O estudo da Proteste trouxe à tona uma questão importante sobre a segurança alimentar e a transparência na informação ao consumidor. À medida que as marcas respondem às preocupações levantadas, espera-se que medidas sejam implementadas para garantir que os produtos alimentícios atendam aos mais altos padrões de segurança e qualidade exigidos pelo mercado e pela legislação vigente.

Fonte: Correio Braziliense