Notícias

Atentado a Trump: Líderes Cristãos dos EUA Enfatizam "Guerra Espiritual"

Líderes religiosos alertam para batalha espiritual em meio ao atentado contra o ex-presidente
  • Categoria: Gospel
  • Publicação: 16/07/2024 09:02
  • Autor: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE THE WASHINGTON POST

Após o atentado ao ex-presidente e atual candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, no último sábado (13), líderes cristãos americanos reagiram ao incidente com referências ao mundo espiritual.

O Rev. Joel Renkema, da Visalia Christian Reformed Church na Califórnia, descreveu o ataque como “um toque de trombeta, um aviso claro e bastante óbvio para o país. Um tiro de advertência”. Em seu sermão, Joel apelou para que os fiéis deixassem de “odiar e demonizar os oponentes”.

Em uma nação dividida, o atentado levou diversos líderes religiosos a se manifestarem. O Rev. Kris Stubna, da Catedral de St. Paul em Pittsburgh, expressou sua consternação: “Como americanos, todos nós temos que ficar horrorizados hoje com o que aconteceu não muito longe daqui em Butler ontem à noite. Condenamos o que aconteceu com o presidente Trump e nunca, jamais aceitaremos o uso da violência por qualquer motivo”, declarou.

Guerra Espiritual

As reações ao atentado variaram, mas muitos líderes religiosos se basearam em ensinamentos bíblicos para pedir paz e denunciar uma guerra espiritual. Joel Osteen, da Lakewood Church em Houston, evitou menções políticas diretas e afirmou: “Acreditamos que o melhor ainda está por vir, que 2024 será um ano cheio de favores, produtivo, abençoado e próspero. Somos vencedores e nunca vítimas”.

Na Sheridan Church, em Tulsa, Oklahoma, Jackson Lahmeyer, fundador do grupo “Pastors for Trump”, abordou o tema em seu culto transmitido ao vivo: "Tentativa de assassinato de Trump". Lahmeyer descreveu o incidente como “uma tragédia, mas um milagre”, referindo-se à morte de Corey Comperatore e ao quase acidente de Trump. Ele declarou: “Estamos em uma guerra, e é uma guerra espiritual. Que se não vencermos, ela se tornará uma guerra física”.

Lahmeyer enfatizou que as diferenças não eram entre republicanos e democratas, mas sim entre “pessoas perversas” que se apegam ao poder, destacando que os evangélicos são “o maior bloco de votação nos Estados Unidos”. “Estamos em uma guerra entre o bem e o mal, ponto final. Não há neutralidade e precisamos escolher um lado”, afirmou.

Segundo o Washington Post, os evangélicos brancos, que votaram esmagadoramente em Trump desde 2016, veem-no como uma esperança contra valores liberais que supostamente ameaçam a “identidade cristã” da nação. Uma pesquisa da Public Religion Research Institute (PRRI) revelou que mais de 3 em cada 10 evangélicos brancos acreditam que o país se desviou tanto do caminho que verdadeiros patriotas podem precisar recorrer à violência para salvá-lo.

Orações

Jack Hibbs, da Calvary Chapel em Chino Hills, Califórnia, pregou: “Nós oramos para que você sacuda esta nação para a retidão. Senhor, é evidente que estamos em nossos últimos momentos. Estamos ofegantes como nação”.

A reverenda Patricia Phaneuf Alexander, da Igreja Episcopal de St. Dunstan em Bethesda, Maryland, desafiou sua congregação: “Na semana que vem, desafio a todos nós — eu inclusive — a levar os eventos trágicos de ontem e o Evangelho de hoje para a oração. Leve-os a Jesus. E então ouça o que Jesus tem a dizer. Nos alinhar com o caminho do amor”.

Os adversários políticos de Trump também rezaram por ele. O senador Raphael G. Warnock (D-Ga.) abriu sua mensagem na Igreja Batista Ebenezer em Atlanta condenando a tentativa de assassinato de Trump e a “retórica enfadonha de violência política” que ele descreveu como uma ameaça a todos os americanos. Ele afirmou que o homem que tentou matar Trump “não era patriota” e comparou-o às pessoas que atacaram o Capitólio em 6 de janeiro.

“Nós oramos por ele”, anunciou Warnock, referindo-se a Trump, recebendo uma reação moderada de sua congregação, em sua maioria negra.

O atentado contra Trump ocorreu durante um comício em Butler, Pensilvânia. Ele foi rapidamente retirado do palco pelo Serviço Secreto, exibindo sinais de ferimento após ser atingido de raspão na orelha. O ataque resultou na morte de um homem, e outras duas pessoas ficaram gravemente feridas.

Fonte: Guia-me