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Policial Penal do DF é Preso por Envolvimento em Corrupção e Comércio Ilegal de Armas

Operação Vili Pretio visa desarticular esquema de concessão de benesses a presos e tráfico de armas
  • Categoria: Política
  • Publicação: 18/07/2024 13:53
  • Autor: Mirelle Pinheiro, Carlos Carone

Na manhã desta quinta-feira (18/7), um policial penal do Distrito Federal foi preso, suspeito de participação em um esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e comércio ilegal de armas e munições. A Operação Vili Pretio, conduzida pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Distrito Federal (Ficco), mobilizou 30 policiais para cumprir seis ordens de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão, todos expedidos pela Justiça Federal do Distrito Federal.

Investigação e Prisões

Segundo a Polícia Federal, o policial penal, mediante pagamento de vantagem indevida, concedia benesses a presos do sistema penitenciário local. As investigações apontam que essas ações eram intermediadas por um líder da organização criminosa, e incluíam desde a concessão irregular de suprimentos até interferências em processos administrativos em desfavor dos custodiados. Há também indícios de que o servidor estava envolvido no comércio ilegal de armas de fogo para pessoas com antecedentes criminais.

A operação também identificou atos que configuram tentativa de ocultação e dissimulação do patrimônio proveniente dos crimes. A PF constatou a participação de uma advogada, que atuava conscientemente como intermediária dos investigados, levando à emissão de um mandado de prisão contra ela.

Os demais presos na operação têm extensos registros criminais, incluindo tráfico de drogas, crimes contra o patrimônio e lavagem de dinheiro. Todos possuem envolvimento direto com os atos de corrupção ativa investigados.

Importância da Operação Vili Pretio

A Operação Vili Pretio destaca-se pela repressão a tentativas de instalação de grupos criminosos no sistema prisional do Distrito Federal, contando com o auxílio da Polícia Penal do Distrito Federal. A PF reforçou que, embora já tenham sido coletados inúmeros elementos de materialidade, as investigações continuarão para identificar outros possíveis envolvidos.

Se condenados, os crimes investigados podem resultar em penas que, somadas, ultrapassam 34 anos de reclusão.

Fonte: Metrópoles