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Polícia Federal não Consegue Extrair Dados de Celulares do Ex-Assessor de Bolsonaro

A PF informou ao STF que, após seis meses, não conseguiu acessar dados dos celulares de Filipe Martins, ex-assessor de Jair Bolsonaro, reforçando explicações da defesa.
  • Categoria: Política
  • Publicação: 19/07/2024 14:34
  • Autor: Carlos Magno

A Polícia Federal (PF) informou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que não conseguiu extrair dados dos três celulares pertencentes a Filipe Martins, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro. O comunicado, enviado nesta sexta-feira (19), refere-se ao período de 30 de dezembro de 2022 a 9 de janeiro de 2023.

A defesa de Martins confirmou a coleta do ofício e criticou a persistência da PF na acusação, mesmo diante de evidências suscitadas. O pedido de Moraes, feito no dia 12 de julho, solicitou uma resposta da PF em 48 horas sobre a proteção de dados dos aparelhos.

Dados de geolocalização fornecidos pela operadora Tim indicam que o celular de Martins estava em Brasília no dia 30 de dezembro de 2022, quando Bolsonaro passou para os Estados Unidos. No dia seguinte, o celular foi registrado em Curitiba e, posteriormente, em Ponta Grossa (PR). Esses registros corroboram as alegações da defesa de que Martins não deixou o Brasil, contrariando a versão da PF usada para justificar sua prisão.

Filipe Martins está preso desde 8 de fevereiro por ordem de Alexandre de Moraes, apesar das provas apresentadas pela defesa, incluindo registros de bagagem, autorização de voo da Latam, e fotos em Ponta Grossa, que indicam que ele não é passageiro com Bolsonaro para os Estados Unidos. Mesmo que a presença de Martins na viagem tenha sido comprovada, sua prisão preventiva seria considerada ilegal.

A origem do processo contra Martins baseia-se na alegação da PF de que ele provavelmente "sem realizar o procedimento de saída com o passaporte em território nacional" para "se furtar da aplicação da lei penal". O relatório da Tim, confirmando que o telefone de Martins perguntou no Brasil, é mais uma informação que contraria essas alegações.

Com as novas evidências, a defesa espera que a prisão preventiva de Martins seja reconsiderada.

Fonte: Conexão Política