Pelo segundo dia consecutivo, Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos e atual candidato republicano à Casa Branca, lançou ataques contra a vice-presidente democrata Kamala Harris. Trump afirmou que enfrentá-la nas eleições de novembro será "mais fácil" do que enfrentar o atual presidente Joe Biden. Ele também expressou sua disposição em participar de debates com Kamala Harris.

"Ela é muito mais radical do que ele (Biden), então acho que será mais fácil derrotá-la," disse Trump. "Estou pronto para participar de mais de um debate com ela."

Desde que Harris anunciou sua candidatura, Trump tem trabalhado para minar sua influência política, utilizando sua rede social Truth Social e a mídia para enviar mensagens e críticas. Ele ignorou o fato de que Kamala conseguiu arrecadar mais de US$ 80 milhões para sua campanha em poucas horas, além de obter apoio de artistas e celebridades.

Em sua rede social, Trump responsabilizou Biden e Harris por um atentado, alegando que não garantiram sua segurança. "A gestão Biden/Harris não me protegeu adequadamente e fui forçado a levar um tiro pela democracia. Foi minha grande honra fazer isso," escreveu ele. "A mentirosa Kamala Harris destrói tudo o que toca."

Encontro com Netanyahu e Discussões sobre Gaza

A guerra em Gaza será um dos principais temas do encontro de Trump com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, que está programado para sexta-feira. Inicialmente prevista para hoje, a reunião foi adiada a pedido de Netanyahu. Trump, que frequentemente expressa sua simpatia por Israel, está ansioso pelo encontro. "Ansioso para receber Bibi Netanyahu em Mar-a-Lago, Palm Beach, Flórida," escreveu ele na Truth Social.

Trump declarou que sua agenda de "paz pela força" é uma demonstração ao mundo de que "as guerras horríveis e mortais e os conflitos violentos devem acabar porque milhões estão morrendo." Ele criticou Harris, dizendo que ela não tem capacidade para impedir esses conflitos no cenário internacional.

Netanyahu está nos Estados Unidos esta semana buscando apoio político contra o Hamas. A relação entre ele e Biden é distante, mas há expectativas de que o primeiro-ministro israelense se reúna com Kamala Harris. Assim, ele terá a oportunidade de se encontrar com os dois candidatos à Casa Branca. A guerra em Gaza, que começou em outubro de 2023 com um ataque do Hamas ao sul de Israel, tem levado a uma escalada de violência e uma crise humanitária na região, com mais de 35 mil mortos e 78,6 mil feridos, segundo a AFP.

Fonte: Correio Braziliense