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Médica Suspeita de Rapto de Recém-Nascida em Uberlândia Permanece Detida em Goiás

Claudia Soares Alves, suspeita de sequestrar uma recém-nascida em um hospital de Uberlândia, MG, aguarda julgamento em penitenciária feminina de Goiás.
  • Categoria: Brasil
  • Publicação: 26/07/2024 11:10
  • Autor: Pleno.News

Claudia Soares Alves, médica de 42 anos, está presa na penitenciária feminina de Orizona, em Goiás, após ser acusada de raptar uma recém-nascida em Uberlândia, Minas Gerais. A criança, felizmente, já foi devolvida aos pais.

Prisão e Audiência de Custódia

A suspeita foi presa na quarta-feira (24) quando chegava em sua residência em Itumbiara, Goiás. Na quinta-feira (25), Claudia passou por uma audiência de custódia, onde foi decidido que ela permaneceria detida enquanto responde pelo processo de sequestro de incapaz.

Defesa e Condições Psicológicas

A defesa de Claudia alega que ela sofre de transtorno afetivo bipolar e estava em crise psicótica no momento do crime, o que teria comprometido sua capacidade de discernimento. "No momento dos fatos, ela se encontrava em crise psicótica, não tendo capacidade de discernir a natureza inadequada e/ou ilícita de suas atitudes", afirmou o advogado Vladimir Rezende.

Dinâmica do Sequestro

O crime ocorreu na noite de terça-feira (23), quando a médica entrou no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) usando um crachá da instituição. Apresentando-se como pediatra, ela convenceu os pais a lhe entregar a recém-nascida sob o pretexto de levá-la para se alimentar, mas saiu do hospital com a criança escondida em uma mochila. A polícia encontrou uma grande quantidade de enxoval para bebê no carro da suspeita, o que indica premeditação.

Resposta da Universidade e Investigações

Claudia Soares Alves tomou posse como professora titular da Faculdade de Medicina da UFU em abril deste ano. A UFU declarou que iniciou uma investigação interna para esclarecer os acontecimentos e determinar eventuais responsabilidades.

O delegado Marcos Tadeu de Brito Brandão, da Polícia Civil de Minas Gerais, afirmou que a investigação agora se concentrará em entender os motivos do crime e se Claudia está envolvida em outras atividades criminosas. "Faremos um trabalho junto com a Polícia Civil de Goiás para apurarmos quais os motivos. Em Minas Gerais, esta mulher não possui antecedentes criminais. Mas é importante verificar tudo que ocorreu e trabalhar para que este mesmo fato não se repita", disse o delegado.

Fake News e Homicídio

O delegado também desmentiu rumores sobre a participação da médica em um homicídio ocorrido há quatro anos em Uberlândia, classificando a informação como fake news. "Se nós procurarmos no sistema da Polícia Civil, nós não encontraremos qualquer indiciamento ou inquérito policial que essa mulher figure como investigada ou indiciada", afirmou.

Falhas na Segurança e Estado Psicológico

A Polícia Civil ainda investigará possíveis falhas no sistema de segurança do hospital que permitiram o rapto. Sobre relatos de que Claudia teria perdido uma gestação recentemente, o delegado afirmou que não há informações confirmadas e que o foco inicial foi a recuperação da criança.

A continuidade das investigações buscará esclarecer todos os detalhes desse caso, garantindo justiça e segurança para evitar que crimes semelhantes ocorram novamente.

Fonte: Pleno News