Polícia Federal Prende Empresário em Operação contra Lavagem de Dinheiro
Ação desmantela organização criminosa atuante em três estados
- Categoria: Pernambuco
- Publicação: 31/07/2024 10:03
- Autor: Diario de Pernambuco
A Polícia Federal em Pernambuco prendeu, nesta quarta-feira (31), um empresário do setor de alimentos conhecido como Xinxa da Cebola, durante a Operação Duplo X. A ação visa desarticular uma organização criminosa envolvida em lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, porte ilegal de arma de fogo e agiotagem.
Movimentação Financeira Ilegal
A operação revelou que o grupo criminoso movimentou mais de R$ 70 milhões nos estados de Pernambuco, Ceará e São Paulo. As investigações identificaram transações financeiras atípicas realizadas por pessoas físicas e jurídicas, sem justificativa comercial adequada. O padrão de vida luxuoso do principal integrante, incompatível com sua renda declarada, chamou a atenção dos investigadores.
Ações da Operação
Os agentes cumpriram um mandado de prisão e nove de busca e apreensão em endereços comerciais e residenciais nas cidades de Recife, Jaboatão dos Guararapes, Paudalho, Cabrobó e Fortaleza (CE). Também houve o sequestro de bens e bloqueio de valores dos investigados.
A Polícia Federal destacou, em nota, que as buscas visam coletar evidências de um esquema de importação e exportação envolvendo empresas que, oficialmente, não poderiam realizar tais atividades por serem registradas como prestadoras de serviços.
Bens Apreendidos
Durante a operação, foram apreendidos automóveis avaliados em mais de R$ 30 milhões, além de imóveis, veículos de luxo e cavalos de raça, evidenciando a disparidade entre os bens dos investigados e suas rendas declaradas.
Crimes Investigados
Os crimes atribuídos à organização criminosa incluem lavagem de capitais (Art. 1º, §1º, I, II, da Lei nº 9.613/1998), organização criminosa (Art. 2º, da Lei nº 12.850/2013), sonegação fiscal (Art. 1º da Lei nº 4.729/65), porte ilegal de arma de fogo (Art. 14 da Lei nº 10.826/2003) e agiotagem (Art. 4º da Lei nº 1.521/51). As penas somadas podem ultrapassar 30 anos de reclusão.
A operação continua em andamento, com a Polícia Federal empenhada em desmantelar completamente a rede criminosa e trazer todos os envolvidos à justiça.
Fonte: Diário de Pernambuco