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Polêmica Envolvendo Boxeadora Argelina nas Olimpíadas Ganha Destaque

Comitê Olímpico da Argélia Defende Imane Khelif de Acusações
  • Categoria: Internacional
  • Publicação: 02/08/2024 08:44
  • Autor: Pleno.News

O Comitê Olímpico da Argélia (COA) se pronunciou nesta quarta-feira em defesa da boxeadora Imane Khelif, envolvida em uma controvérsia sobre sua participação nas Olimpíadas de Paris 2024. A entidade negou que Khelif seja transexual e acusou veículos de imprensa estrangeiros de difamação, sem esclarecer, no entanto, o motivo pelo qual a atleta falhou no teste de gênero no ano passado.

Repercussão e Defesas

"Condenamos veementemente a difamação e perseguição antiética contra nossa atleta, Imane Khelif", afirmou o COA em nota. A entidade lamentou os ataques à dignidade da pugilista e reafirmou seu apoio incondicional enquanto ela se prepara para os Jogos Olímpicos.

Desclassificação e Participação nas Olimpíadas

Khelif e Lin Yu-ting, de Taiwan, foram desclassificadas do Campeonato Mundial Feminino de Boxe no ano passado após não atenderem aos critérios de elegibilidade nos testes de gênero, organizados pela Associação Internacional de Boxe (IBA). Segundo a IBA, testes de DNA revelaram que ambas possuíam cromossomos XY, resultando em sua exclusão.

Apesar disso, o Comitê Olímpico Internacional (COI) autorizou a participação das atletas nas Olimpíadas de Paris, afirmando que elas cumprem as regras estabelecidas. "Esses atletas já competiram muitas vezes durante anos, inclusive em Tóquio", declarou Mark Adams, porta-voz do COI.

Histórico e Decisões Controversas

A IBA, que foi suspensa pelo COI em 2019 devido a suspeitas de manipulação de resultados, justificou a desqualificação de Khelif e Lin para "manter a justiça e integridade da competição". A organização destacou que o teste aplicado foi bioquímico, separado e reconhecido, e que os detalhes permanecem confidenciais.

Incidente no Ringue e Reações

A polêmica ganhou novos contornos durante a luta entre Khelif e a italiana Angela Carini, nas Olimpíadas de Paris. Carini abandonou a disputa após 46 segundos, relatando dores intensas no nariz após dois socos da adversária. "Nunca levei um soco tão forte em minha vida", desabafou Carini à imprensa, destacando que sua decisão de parar não foi um protesto contra Khelif, mas uma reação instintiva à dor.

Considerações Finais

Carini afirmou que sua desistência não foi um ato de protesto contra a liberação de Khelif para competir, mas ressaltou a necessidade de considerar situações como a sua nas competições olímpicas. "Eu não desisti, mas quando sinto que algo não está certo, é maturidade parar", concluiu a atleta, destacando sua experiência e instinto como lutadora.

Fonte: Pleno News