Após uma série de assembleias realizadas nesta quarta-feira (7), os rodoviários de Recife e Região Metropolitana decidiram entrar em greve a partir da próxima segunda-feira, 12 de agosto. A decisão foi tomada após a categoria rejeitar a proposta apresentada pela Urbana-PE, sindicato que representa as empresas de transporte público no estado.

Reivindicações Não Atendidas

A proposta da Urbana-PE, que incluía um reajuste salarial de 0,5% acima da inflação e um aumento no tíquete-alimentação de R$ 366 para R$ 400, foi considerada insuficiente pelos trabalhadores. A principal insatisfação, no entanto, gira em torno da ausência de um plano de saúde—a principal demanda da categoria. "Pernambuco é o único estado do Nordeste em que os rodoviários não têm plano de saúde. Isso é inaceitável", declarou Aldo Lima, presidente do Sindicato dos Rodoviários do Recife.

Segundo Lima, a proposta de amarrar o plano de saúde na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) foi descartada pela Urbana-PE, que alegou falta de tempo para implementar a medida. "A Urbana não quer se comprometer em incluir o plano de saúde na convenção, o que é fundamental para os trabalhadores que enfrentam condições de trabalho estressantes e perigosas", acrescentou o líder sindical.

Urbana-PE Responde

Em resposta, a Urbana-PE lamentou a decisão dos rodoviários e criticou a postura do sindicato, afirmando que a greve irá prejudicar a mobilidade na Região Metropolitana do Recife (RMR). "É inaceitável que nossa população seja penalizada com mais uma paralisação. Apenas em 2024, a RMR já sofreu com 29 paralisações ilegais", diz a nota enviada à imprensa.

A Urbana-PE também afirmou que continuará tentando manter o serviço de transporte público em operação durante a greve, para minimizar os impactos na população e na economia local.

Expectativas para a Greve

Com a greve marcada para começar na segunda-feira, a expectativa é de que a paralisação dos ônibus cause grandes transtornos na rotina da população da RMR. O impasse entre rodoviários e empresas de transporte continua, e os usuários do transporte público aguardam ansiosos por uma solução que evite mais interrupções nos serviços essenciais.

Fonte: JC PE