A Ucrânia colocou em operação a primeira leva de caças F-16 enviada por países aliados, dando início a uma nova fase em sua defesa aérea. O país espera receber um total de 65 dessas aeronaves ao longo deste ano e do próximo, um pedido que as autoridades ucranianas vinham fazer desde o início da invasão russa, há mais de dois anos.

A entrega dessas caças fabricadas nos EUA foi adiada por diversas razões, entre elas, a preocupação do governo americano em não provocar a Rússia, além da necessidade de treinar os pilotos inovadores. Esse treinamento, que leva vários meses, foi um dos principais fatores para a demora na entrega, apesar da prontidão dos países europeus em fornecer os jatos.

O F-16, lançado em 1978, é uma aeronave projetada tanto para missões de combate ar-ar quanto para apoio a tropas terrestres. No entanto, os especialistas acreditam que a Ucrânia usará essas caças principalmente para defesa, especialmente para interceptar mísseis e drones russos, além de proteger infraestruturas críticas, como usinas de energia.

Apesar da importância dos F-16, analistas apontam que a quantidade recebida pode não ser suficiente para alterar significativamente o curso da guerra. Os relatórios indicam que a Ucrânia precisaria de uma frota muito maior para conseguir uma vantagem aérea decisiva sobre as forças russas, demonstrando que o esforço de fortalecimento de sua força aérea será um projeto de longo prazo.

Enquanto isso, a chegada dos primeiros F-16 é vista como um passo crucial para a defesa ucraniana, especialmente com a aproximação do inverno, quando a proteção das infraestruturas de aquecimento se torna ainda mais vital para a população.

Fonte: Correio Braziliense