No terceiro dia da Convenção Nacional Democrata, realizado na arena United Center em Chicago, o ex-presidente Bill Clinton fez um discurso contundente em apoio à candidata presidencial Kamala Harris. Clinton, de 78 anos, subiu ao palco na noite de quarta-feira (21/8), destacando a clareza da escolha que os eleitores enfrentarão em novembro: "Kamala Harris, ou o povo", contra "Eu, eu mesmo e eu", referindo-se a Donald Trump.

Clinton aproveitou a ocasião para elogiar Kamala, destacando sua visão, experiência e compromisso em proteger as liberdades de todos os americanos, inclusive daqueles que não votarem nela. Ele também criticou Trump, descrevendo-o como uma figura divisiva que cria caos e não compreende o povo americano.

"A cada dia que passa, sou grato pela oportunidade que o povo americano me deu de servir como presidente. Mesmo nos dias difíceis, Kamala é a única candidata com a capacidade de fazer o bem acontecer. Ela será nossa voz," afirmou Clinton, enfatizando a importância de um governo que represente verdadeiramente os cidadãos.

A noite também contou com discursos inspiradores de Nancy Pelosi, ex-presidente da Câmara dos Representantes, e de Tim Walz, governador de Minnesota e candidato a vice-presidente, que reforçaram a mensagem de união e luta pelos direitos dos americanos.

O evento continuou com a participação de ativistas e testemunhos emocionantes, como o do sargento Aquilino Gonnell, ferido durante a invasão ao Capitólio em 2021, que pediu que os presentes honrassem os policiais que sacrificaram suas vidas naquele dia.

A expectativa agora gira em torno do discurso de Kamala Harris, que será oficialmente ungida como candidata presidencial nesta quinta-feira, encerrando o evento com uma mensagem histórica.

Título: Obama e Michelle Lideram Apoio a Kamala Harris na Convenção Democrata

Subtítulo: Ex-presidente apela à união e alerta para a obsessão de Trump pelo tamanho das multidões

Na terça-feira (20/8), o ex-presidente Barack Obama energizou os delegados na Convenção Nacional Democrata em Chicago, pedindo votos para Kamala Harris e destacando a necessidade de união em um país cada vez mais polarizado. "Estamos prontos para a presidente Kamala Harris. Sim, ela pode!" declarou Obama, em um discurso que arrancou aplausos fervorosos dos presentes.

Obama não poupou críticas a Donald Trump, referindo-se a ele como um bilionário de 78 anos "obcecado pelo tamanho das multidões" desde que desceu sua escada rolante dourada há nove anos. Michelle Obama também alfinetou o republicano, em um apelo claro ao voto dos afro-americanos, destacando a importância da liderança de Kamala.

Especialistas como Alex Keyssar, da Universidade de Harvard, acreditam que o discurso de Obama não mudará a opinião dos eleitores de Trump, mas dará esperança e energia aos democratas, enquanto Charles Stewart III, do MIT, destaca que o pronunciamento rendeu uma excelente cobertura midiática para Kamala, impulsionando ainda mais sua campanha.

Título: Trump Recorre à Retórica do Medo em Comício na Carolina do Norte

Subtítulo: Republicano alerta para Terceira Guerra Mundial e critica Kamala Harris como "radical de esquerda"

Em um comício realizado no Museu da Aviação e Hall da Fama da Carolina do Norte, o ex-presidente Donald Trump reforçou sua retórica do medo ao alertar que uma vitória de Kamala Harris nas eleições de novembro poderia desencadear a Terceira Guerra Mundial. Trump, que subiu ao palco protegido por vidro à prova de balas, destacou a segurança como sua principal preocupação, especialmente após o atentado sofrido em julho.

Trump também criticou Kamala, chamando-a de "a pessoa mais radical de esquerda a disputar uma eleição" e alertou sobre as consequências catastróficas de uma vitória democrata, incluindo a destruição da economia e o aumento da inflação. Ele ainda ironizou o fato de o presidente Joe Biden estar de férias na Califórnia, insinuando que sua ausência reflete um desinteresse pelos problemas reais do país.

Apesar das duras críticas e do apelo à intimidação, especialistas como Steven Greene, da Universidade Estadual da Carolina do Norte, e Eric Heberlig, da Universidade da Carolina do Norte em Charlotte, sugerem que a retórica de Trump pode acabar deslegitimando sua própria mensagem, ressoando apenas com seus apoiadores mais fervorosos.

Fonte: Correio Braziliense