A NASA anunciou neste sábado (24) que os astronautas Butch Wilmore e Suni Williams serão finalmente resgatados em fevereiro de 2025 por uma nave espacial da SpaceX, marcando o fim de uma missão que se estendeu muito além do previsto devido a problemas técnicos. Enviados originalmente para a Estação Espacial Internacional (ISS) em 5 de junho para uma missão de apenas oito dias, Wilmore e Williams enfrentaram dificuldades técnicas que impossibilitaram seu retorno dentro do prazo estipulado.

De acordo com o comunicado da NASA, a dupla será trazida de volta à Terra a bordo da Crew Dragon, nave desenvolvida pela SpaceX, empresa liderada pelo bilionário Elon Musk. A decisão de usar o Crew Dragon para o resgate foi tomada após sérias falhas sendo bloqueadas no Starliner, espaçonave desenvolvida pela Boeing que deveria originalmente realizar o retorno. Entre os problemas apresentados pela Starliner ocorreram defeitos nos propulsores e vazamentos de hélio, o que tornou a nave insegura para uma missão tripulada.

Jim Free, administrador associado da NASA, declarou que a decisão de adiar o retorno dos astronautas foi difícil, mas enfatizou que era "absolutamente a correta". A prioridade máxima dos astronautas para a agência, e o risco de usar um Starliner era considerado inaceitável.

Durante este período de espera, Wilmore e Williams continuaram a desempenhar funções cruciais na ISS, contribuindo para as pesquisas científicas que são parte integrante da missão. A NASA já fez o resgate três vezes, mas destaca que seus astronautas estão preparados para situações em que podem precisar prolongar suas estadias no espaço, ainda que imprevistos como esse desafiem até mesmo os mais experientes.

Com o retorno dos astronautas programado para fevereiro de 2025, a missão marca mais um capítulo na parceria entre a NASA e a SpaceX, que tem se agendado essencial para garantir a segurança e o sucesso das operações espaciais em tempos de desafios técnicos. A Starliner, por sua vez, retornará ao Brasil vazio, operada no modo piloto automático, enquanto a Boeing trabalha para solucionar os problemas técnicos que atrasaram sua missão.

Fonte: Pleno News