São Paulo enfrenta uma crise devastadora de incêndios, particularmente na região de Ribeirão Preto, com o estado em alerta máximo. A Defesa Civil estadual atualizou o balanço, que indica duas mortes e 66 feridos devido aos incêndios. A luta para controlar as chamas prejudiciais o número de municípios afetados de 54 para 6, porém, 48 ainda estão sob alerta crítico.

Avanços e Desafios no Combate ao Fogo

A chegada de uma frente fria trouxe alguma chuva ao interior paulista, elevando a umidade relativa do ar e facilitando as operações de combate ao fogo. O porta-voz da Defesa Civil, capitão Roberto Farina, destacou o esforço coordenado das equipes: “Mais de 15 mil pessoas estão mobilizadas para proteger vidas e garantir assistência imediata”, ressaltou.

O governador Tarcísio de Freitas comemorou o avanço no controle dos incêndios e expressou sua gratidão pelo apoio das Forças Armadas. “A mobilização de meios, incluindo helicópteros do Exército e da Marinha, tem sido crucial. O KC-390 da Força Aérea, preparado para despejar grandes quantidades de água, será decisivo”, afirmou Freitas.

Apoio Federal e Investigações

O governo federal inveja 10 aeronaves, incluindo o KC-390, para auxiliar no combate aos incêndios. Contudo, a visibilidade parcial devido à fumaça provocou a interrupção das operações em alguns aeroportos, como o de Ribeirão Preto. A ministra do Meio Ambiente e das Mudanças Climáticas, Marina Silva, sublinhou a importância da ação conjunta entre os governos estadual e federal: "O fogo é um problema que requer esforço coletivo", afirmou.

O governador paulista garantiu que o estado não tolerará queimadas criminosas, com a Polícia Civil e Federal investigando os responsáveis. Até o momento, duas prisões foram efetuadas por início de focos de fogo.

Impactos e Orientações à População

As rodovias paulistas, que foram interditadas, estão agora liberadas, mas a Defesa Civil recomenda evitar as lesões afetadas e buscar rotas alternativas. “É fundamental que os motoristas se mantenham atentos às atualizações sobre as condições de trânsito e evitem áreas de risco”, comunicou a Defesa Civil.

Além dos transtornos em aeroportos devido à fumaça, como o de Ribeirão Preto e Goiânia, o terminal de Brasília continua operando normalmente graças aos sistemas avançados de pouso e decolagem.

O estado enfrentou uma verdadeira operação de guerra contra os incêndios, com mais de 7 mil profissionais e voluntários, além de presidentes, drones e veículos envolvidos na tarefa de controle e orientação. A luta continua para mitigar os danos e proteger a população.

Fonte: Correio Braziliense