Na cidade de Batatais, interior de São Paulo, um homem de 42 anos foi preso em flagrante após atear fogo em uma área de vegetação. Durante o interrogatório, o suspeito afirmou que estava cumprindo ordens do Primeiro Comando da Capital (PCC), revelando detalhes preocupantes sobre as motivações por trás do crime. As informações foram divulgadas pelo portal UOL e confirmadas pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP).

O incidente, que ocorreu em meio a uma série de incêndios que têm devastado várias regiões do país, ganhou destaque devido à confissão do envolvimento do PCC, uma das organizações criminosas mais influentes do Brasil. Segundo o boletim de ocorrência obtido pelo UOL, o homem não apenas admitiu a responsabilidade pelo incêndio, mas também se vangloriou do ato. No momento da prisão, a polícia encontrou com ele uma garrafa de gasolina, um isqueiro e um vídeo do incêndio gravado em seu celular.

O suspeito tentou fugir do local, mas foi rapidamente detido pela Polícia Militar. Ele foi indiciado pelo crime de incêndio, que, além de causar danos ambientais, expôs vidas e propriedades a risco iminente. Este caso se soma a outras ocorrências de incêndios criminosos em São Paulo, onde, só na última semana, houve três prisões relacionadas a atos semelhantes.

Em Guaraci, na região de Barretos, um homem de 26 anos foi preso em flagrante após atear fogo em vários pontos de um canavial próximo à área urbana. Já em São José do Rio Preto, um idoso de 76 anos foi detido por queimar lixo em uma área de mata. A Polícia Militar Ambiental, por sua vez, aplicou mais de R$ 15 mil em multas em Porto Ferreira, onde dois homens foram flagrados queimando lenha para limpar a vegetação em uma Área de Preservação Permanente.

Esses incidentes vêm ocorrendo em meio a uma ampla mobilização das autoridades para combater os incêndios criminosos que têm assolado diversas áreas do Brasil. A Polícia Federal está conduzindo investigações para identificar e punir os responsáveis, enquanto a Polícia Civil do Estado de São Paulo permanece alerta para novas ocorrências. As autoridades têm solicitado a colaboração da população, incentivando a denúncia de atividades suspeitas através dos números de emergência.

Com o aumento das investigações e a intensificação das operações de fiscalização, as autoridades esperam coibir essa onda de crimes ambientais, que tem causado não só prejuízos econômicos, mas também danos irreparáveis ao meio ambiente e à segurança das comunidades afetadas.

Fonte: Correio Braziliense