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Campanha de Boulos Se Exime de Responsabilidade em Polêmica sobre Hino Nacional em Linguagem Neutra

Candidato afirma que não sabia da alteração; produtora é responsabilizada pelo ato
  • Categoria: Brasil
  • Publicação: 28/08/2024 11:39
  • Autor: Monique Mello

A campanha do candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), emitiu uma nota oficial nesta terça-feira (27) em que nega qualquer responsabilidade sobre a interpretação do Hino Nacional em linguagem neutra durante um comício realizado no último sábado (24). O episódio, que gerou ampla repercussão negativa, foi protagonizado pela cantora Yurungai, que alterou palavras da letra original para adequá-las ao uso de termos neutros, como “filhe” e “filhes”, em vez de “filho” e “filhos”.

No comunicado, a campanha de Boulos esclareceu que o candidato não tinha conhecimento prévio das modificações e que não autorizou tal alteração. “A campanha, em momento algum, solicitou ou autorizou alteração na letra do Hino Nacional interpretado na abertura do comício na Zona Sul da cidade”, afirmou a nota.

Segundo a campanha, a responsabilidade recai integralmente sobre a produtora que organizou o evento. “A produtora, organizadora do evento, foi responsável pela contratação de todos os profissionais que trabalharam para a realização da atividade, incluindo a seleção e o convite à intérprete que cantou o Hino Nacional”, detalha o comunicado.

A polêmica ganhou ainda mais força após um vídeo do momento ter sido amplamente compartilhado nas redes sociais. Inicialmente, o evento foi transmitido ao vivo no canal de YouTube de Boulos, mas, após a repercussão negativa, o vídeo foi removido do canal. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estava presente no comício.

Vale lembrar que a Lei 5.700/1971, que regula o uso dos símbolos nacionais, estabelece em seu parágrafo 5° do art. 25 que “em qualquer hipótese, o Hino Nacional deverá ser executado integralmente e todos os presentes devem tomar atitude de respeito”. Além disso, o art. 35 da mesma lei prevê que qualquer violação dessa norma “é considerada contravenção, sujeito o infrator à pena de multa”.

Este incidente adiciona um novo capítulo às controvérsias envolvendo a campanha de Boulos, que agora tenta mitigar os danos e manter o foco em sua agenda política. A repercussão do episódio mostra como questões envolvendo símbolos nacionais podem facilmente tornar-se focos de tensão em tempos eleitorais.

Fonte: Pleno News