Nesta terça-feira (3), a Starlink, empresa de internet por satélite liderada por Elon Musk, comunicou aos seus clientes brasileiros que decidiu acatar a ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e bloquear o acesso à rede social X (antigo Twitter) em todo o território nacional.

A empresa inicialmente havia informado à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) que não cumpriria a determinação judicial, desafiando a decisão do STF. No entanto, a Starlink voltou atrás, motivada pela tentativa de reverter o bloqueio de suas contas bancárias, uma medida decretada por Moraes como parte das sanções à empresa.

Em comunicado divulgado pela agência Reuters, a Starlink expressou seu descontentamento: "Independentemente do tratamento ilegal dado à Starlink no congelamento de nossos ativos, estamos cumprindo a ordem de bloquear o acesso ao X no Brasil."

A pressão sobre a empresa se intensificou após declarações do presidente da Anatel, Carlos Baigorri, que alertou para a possibilidade de a Starlink perder sua autorização para operar no Brasil, além de enfrentar outras sanções regulatórias. A Starlink, que domina o mercado de internet por satélite no país com cerca de 200 mil clientes, agora busca alternativas para reverter a decisão e evitar maiores prejuízos.

A decisão marca um capítulo tenso na relação entre a gigante tecnológica de Elon Musk e as autoridades brasileiras, ressaltando os desafios enfrentados por empresas internacionais no cumprimento de decisões judiciais locais.

Fonte: Pleno News