Ministro Silvio Almeida é acusado de assédio sexual contra Anielle Franco
Denúncia foi encaminhada ao Me Too Brasil; aliados negam acusações e apontam perseguição política
- Categoria: Brasil
- Publicação: 06/09/2024 09:43
- Autor: Leiliane Lopes
O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, está no centro de uma grave acusação de assédio sexual contra a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. De acordo com o portal Metrópoles, a denúncia foi encaminhada ao Me Too Brasil, organização que acolhe vítimas de violência sexual. A acusação envolve episódios de toques inapropriados, beijos forçados e expressões de teor sexual, que teriam ocorrido no ano passado.
A ministra Anielle Franco, procurada pela imprensa, recusou-se a comentar o caso, nem confirmando, nem negando as alegações. O Me Too Brasil, por sua vez, emitiu uma nota confirmando que recebeu a denúncia, mas não revelou a identidade da vítima, mantendo a proteção das denunciantes.
Aliados de Silvio Almeida negam acusações
Assessores próximos a Silvio Almeida rejeitaram as acusações, afirmando que o ministro está sendo vítima de uma campanha interna no governo, liderada por grupos que buscam derrubá-lo do cargo. A situação gerou grande repercussão, com rumores sobre o caso circulando desde junho, mas sem declarações públicas de Anielle Franco até o momento.
Outras vítimas e novas denúncias
Além das acusações relacionadas à ministra Anielle Franco, o Me Too Brasil informou que outras vítimas também denunciaram Silvio Almeida por assédio sexual. A organização ressaltou que, como ocorre em casos de violência sexual envolvendo pessoas em posições de poder, as vítimas enfrentaram dificuldades em obter apoio institucional para que suas denúncias fossem levadas a sério.
Acusações de assédio moral e alta rotatividade no ministério
Paralelamente às denúncias de assédio sexual, Silvio Almeida também enfrenta investigações por assédio moral. Desde que assumiu o cargo, dez processos internos foram abertos para apurar esse tipo de conduta, embora sete já tenham sido arquivados. Ao longo do primeiro ano de sua gestão, 52 pessoas deixaram o ministério, com 31 delas pedindo demissão, citando desconforto com o ambiente de trabalho e críticas diretas ao ministro e sua equipe.
O Ministério dos Direitos Humanos, em resposta, classificou as alegações como “falsas suposições”, defendendo que a alta rotatividade e as queixas não são relacionadas a práticas de assédio. No entanto, as investigações seguem em curso.
Fonte: Pleno News