O Ministério Público Eleitoral se posicionou em relação ao show do cantor Wesley Safadão, contratado pela Prefeitura de Ipojuca para o dia 28 de setembro. O promotor eleitoral Rodrigo Abatayguara, após receber uma denúncia, alertou que a candidata Adilma Lacerda (PP), apoiada pela prefeita, poderá ser responsabilizada caso o evento seja utilizado para fins eleitorais.

Riscos à Lisura Eleitoral

O promotor foi claro em seu despacho: se o show for usado para promover uma campanha, com exaltações de nomes, slogans ou números de candidatos, haverá uma violação da lisura do processo eleitoral. Abatayguara já se reuniu com representantes dos candidatos, enfatizando que o evento, previsto para o pátio de eventos de Ipojuca, não poderá ser utilizado para autopromoção política.

O show foi contratado com o objetivo de celebrar a tradicional Festa do Padroeiro São Miguel, mas a denúncia enviada ao Ministério Público Eleitoral apontou que, em 2023, ano sem eleições, a prefeita não realizou festividades de caráter pagão, limitando-se às celebrações religiosas.

Precedentes em Pernambuco

A manifestação do Ministério Público Eleitoral em Ipojuca ocorre dias após a suspensão liminar do show do cantor Amado Batista em Carnaubeira da Penha, no Sertão do Estado. A Justiça Eleitoral decidiu que o evento, previsto para 1° de outubro, poderia causar "irreparável dano à Democracia", suspendendo sua realização.

Casos como esses mostram a crescente atenção do Ministério Público para eventos que possam ser usados como plataformas políticas em período eleitoral, reforçando a vigilância sobre o uso de recursos públicos e eventos culturais para influenciar o voto.

Fonte: Blog do jamildo