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Estagiária do MP em Itapeva Tem Posse Barrada por Ligação com o PCC

Elaine Souza Garcia, conhecida como "Patroa", é presa antes de iniciar funções; Operação Baal desmantela facção criminosa
  • Categoria: Brasil
  • Publicação: 13/09/2024 08:58
  • Autor: Agência Estado

Na última terça-feira (10), a Promotoria de Justiça de Itapeva, interior de São Paulo, viu a posse de sua nova estagiária, Elaine Souza Garcia, ser interrompida por uma ação conjunta da Polícia Federal e do Ministério Público estadual. Conhecida como "Patroa", Elaine estava prestes a assumir suas funções quando foi detida sob suspeita de ligação estreita com o Primeiro Comando da Capital (PCC).

Operação Baal: Prisão e Desmantelamento de Quadrilha

Elaine, alvo da Operação Baal, é suspeita de liderar ataques do "Novo Cangaço", uma série de ações violentas perpetradas por grupos armados da facção, visando roubos a empresas e invasões de bancos em cidades menores. A prisão aconteceu pouco antes da cerimônia de posse, programada para as 9 horas da terça-feira.

A Operação Baal, que recentemente entrou em sua segunda fase, também resultou na prisão de três integrantes do "Novo Cangaço". Vídeos mostram um CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador) treinando membros da quadrilha em uso de fuzis. A PF identificou um dos presos na nova fase como um membro foragido do PCC desde 2005, detido durante uma ação anterior da Promotoria de Justiça de Campinas, que resultou na apreensão de armas e munições.

Investigações e Apreensões

As investigações revelaram um arsenal significativo, incluindo fuzis, explosivos e granadas caseiras, além de um esconderijo de armas em uma antiga loja de veículos. Em uma casa no Maranhão, foram encontrados uniformes de polícia, indicando a preparação para novas ações criminosas.

O inquérito foi desencadeado após um tentativa de roubo a banco em Confresa (MT) em abril de 2023, que envolveu membros do PCC. A quadrilha está associada a ataques violentos em Guarapuava (PR), Criciúma (SC) e Araçatuba (SP) nos últimos anos.

Repercussão e Consequências

A Operação Baal levou à denúncia de 18 membros da quadrilha, com o Ministério Público pedindo indenizações de R$ 5 milhões por danos morais à coletividade. A primeira fase da operação, realizada em maio, resultou na prisão de 12 pessoas e na apreensão de armas e outros materiais de crime.

A PF destacou que os crimes investigados representam uma evolução dos crimes violentos contra o patrimônio, com grupos criminosos desafiando o poder público por meio de planejamentos meticulosos e ações que causam terror social.

Fonte: Correio braziliense