Nesta segunda-feira (16), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, emitiu um decreto que amplia significativamente o número de soldados russos em combate na Ucrânia. A medida deve aumentar o contingente em 180 mil homens, totalizando um Exército de 1,5 milhão de soldados até 1º de dezembro de 2024.

Terceira Expansão de Tropas Desde o Início da Guerra

Essa é a terceira vez que Putin ordena um aumento das tropas russas desde o início da invasão à Ucrânia em fevereiro de 2022. O novo decreto também substitui uma medida anterior, de dezembro de 2023, que já havia elevado o número de soldados em quase 170 mil.

Segundo as Forças Armadas russas, o novo aumento fará com que o total de efetivos atinja 2,38 milhões, incluindo pessoal administrativo, numa tentativa de fortalecer a ofensiva diante das recentes incursões ucranianas, especialmente na região de Kursk.

Pressão Militar e Reforço nas Fronteiras

Nos últimos meses, a Ucrânia intensificou suas operações militares na fronteira com a Rússia, pressionando as defesas russas e expondo fragilidades na segurança. Esse aumento no recrutamento reflete a necessidade de Moscou de garantir a segurança em áreas estratégicas e reverter os avanços ucranianos que começaram a ganhar força desde agosto de 2022.

Atualmente, cerca de 700 mil soldados russos já estão posicionados na Ucrânia, mas o recente revés, com forças ucranianas cruzando a fronteira russa no início de agosto, revelou a vulnerabilidade das tropas, muitas delas formadas por recrutas ainda em serviço militar obrigatório.

Preparativos e Orçamento

O decreto de Putin também ordena que o governo russo direcione fundos do orçamento para cobrir os custos dessa nova mobilização. Desde que assumiu o poder em 2000, a Rússia, que na época contava com um exército de apenas 1 milhão de soldados, tem investido em fortalecer suas forças militares, particularmente em tempos de conflito como na Segunda Guerra da Chechênia e, agora, na guerra na Ucrânia.

Com essa nova mobilização, o Kremlin busca reforçar sua presença militar e tentar reverter os recentes reveses sofridos em campo, enquanto a guerra se arrasta e as tensões aumentam. As informações são da EFE e do Poder360.

Fonte: Pleno News