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PGR reabre investigação contra Clarissa Tércio por suspeita de incitação aos atos de 8 de janeiro

Procurador-geral solicita novas apurações sobre participação da candidata à Prefeitura de Jaboatão nos atos antidemocráticos
  • Categoria: Política
  • Publicação: 23/09/2024 09:20
  • Autor: Redação

O Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, decidiu reapresentar o inquérito contra a deputada federal Clarissa Tércio (PP-PE), que também é candidata à Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes. Clarissa é investigada por suposta incitação aos atos antidemocráticos ocorridos no dia 8 de janeiro de 2023, em Brasília.

A PGR havia arquivado o caso em maio de 2023, quando o subprocurador-geral Carlos Frederico Santos concluiu que não havia indícios suficientes para prosseguir com a investigação, descartando a possibilidade de enquadrar as ações de Clarissa como apologia ao crime. No entanto, Gonet, que assumiu o cargo no início de 2024, ordenou que o inquérito fosse reaberto, enviando o caso de volta para a Polícia Federal para uma nova fase de apurações.

O objetivo da reabertura é investigar o histórico de voos de Clarissa Tércio e de seu marido, o deputado estadual Pastor Júnior Tércio (PP), além de verificar se a candidata realmente esteve no hotel onde alega ter ficado durante os atos na Praça dos Três Poderes.

Contexto da investigação

O inquérito foi inicialmente aberto após uma publicação de Clarissa Tércio em suas redes sociais, na qual ela compartilhou um vídeo de manifestantes durante a invasão ao Congresso Nacional. No vídeo, uma voz narra: "Acabamos de tomar o poder. Estamos dentro do Congresso. Todo povo está aqui em cima. Isso vai ficar para a história". Segundo a acusação, a postagem poderia ser interpretada como incitação aos atos antidemocráticos.

Clarissa, por sua vez, defende que o vídeo já estava viralizando nas redes e que sua publicação tinha a intenção de atualizar seus seguidores sobre a situação em Brasília. A legenda que acompanhava o vídeo trazia a frase: "Brasília agora. Oremos pelo Brasil". A deputada afirmou que não tinha o objetivo de incitar qualquer tipo de ação violenta.

Declaração de Clarissa Tércio

Em sua defesa, Clarissa Tércio relatou que, no momento dos atos, estava de férias em Muro Alto, Pernambuco, e não participou diretamente das manifestações. No dia seguinte aos eventos, ela apresentou uma nota oficial de repúdio aos atos de violência e vandalismo que ocorreram na Praça dos Três Poderes.

A decisão do procurador Paulo Gonet de aprofundar as investigações pode trazer novas revelações sobre a possível conexão da deputada com os acontecimentos em Brasília.

Fonte: Blog do Jamildo