O déficit histórico de policiais militares em Pernambuco gerou um novo desafio para a corporação, com integrantes de diversos batalhões sendo deslocados para cobrir a falta de profissionais no Centro Médico Hospitalar da PM, no bairro do Derby, no Recife. A movimentação ocorreu após a empresa terceirizada responsável pelos serviços de copa e maqueiros declarar falência, deixando seus funcionários sem pagamento e interrompendo os serviços.

De acordo com a Polícia Militar, a empresa teria recebido os repasses financeiros previstos, mas, mesmo assim, não efetuou o pagamento dos salários e do vale-transporte dos funcionários há pelo menos dois meses. Policiais de batalhões como o de Choque, da Cavalaria e de unidades especializadas foram destacados para substituir os funcionários terceirizados, de forma temporária.

Apesar da nota oficial da corporação informar que os policiais se voluntariaram para assumir essas funções, alguns membros do efetivo alegam que o "serviço extra" não tem sido de fato voluntário, com comandantes pressionando para que eles ocupem os postos no hospital, evitando que serviços essenciais sejam interrompidos.

A Polícia Militar não informou quando uma nova empresa será contratada, mas afirmou que "medidas administrativas estão sendo adotadas para resolver a situação de forma definitiva".

Efetivo da PM em Pernambuco
Atualmente, a Polícia Militar de Pernambuco conta com cerca de 16 mil profissionais ativos, um número bem abaixo do estimado no Portal da Transparência, que aponta a necessidade de pelo menos 27 mil policiais. O governo estadual prometeu convocar 5.250 concursados até o fim de 2026, com a primeira turma prevista para se formar em maio de 2024.

Fonte: JC Online