Na noite de terça-feira (1º), uma explosão causada por um vazamento de gás em um apartamento no sétimo andar do Edifício Sobrado da Torre, localizado no bairro Torre, Zona Oeste do Recife, causou pânico entre os moradores. Segundo relatos de Severino Júnior, de 59 anos, que reside no condomínio, o impacto foi tão forte que "parecia um avião". A explosão ocorreu às 22h50 e, embora não tenha havido incêndio, o estrondo seco foi suficiente para gerar um grande susto.

Júnior, que fez os primeiros registros de imagens do imóvel atingido, contou em entrevista ao Diario de Pernambuco que, no momento da explosão, todos os moradores desceram rapidamente pelas escadas para evitar o uso do elevador. Ele destacou que os ocupantes do apartamento estavam dormindo quando a explosão ocorreu e que tijolos chegaram a cair sobre eles.

A vizinha Maíra, que mora no mesmo andar onde o acidente ocorreu, descreveu a cena como aterrorizante. "Eu estava no último cômodo do meu apartamento quando ouvi a explosão. Quando abri a porta, parecia que ela havia sido arrombada e as fechaduras estavam no chão", relatou. Maíra também mencionou que o morador do apartamento afetado havia trocado a mangueira do fogão pouco antes do incidente, o que levantou suspeitas sobre a possível causa do vazamento.

Davi, de 23 anos, que mora com sua tia idosa no andar abaixo do apartamento atingido, comparou a cena a um "cenário de guerra" e relatou que uma pessoa sofreu um ataque de pânico, precisando de socorro. O Corpo de Bombeiros liberou temporariamente o acesso aos apartamentos por volta das 3h da manhã, permitindo que uma pessoa por imóvel retirasse itens essenciais, como medicamentos e documentos.

A Defesa Civil do Recife esteve no local na manhã desta quarta-feira (2) para realizar uma vistoria e avaliar os danos estruturais no edifício. Somente após essa análise será determinado quando os moradores poderão retornar aos seus lares.

Até o momento, a administração do condomínio preferiu não comentar o incidente, e os apartamentos permanecem interditados, aguardando os laudos das autoridades competentes.

Fonte: Diário de Pernambuco