Israel encerra ataques ao Irã após represálias por mísseis e explosões diplomáticas crescentes
Conflito escala na região Irã e Israel trocam ataques e governo iraniano promete retaliação proporcional
- Categoria: Internacional
- Publicação: 27/10/2024 18:50
- Autor: Redação

Neste sábado (26), as Forças de Defesa de Israel (IDF) anunciaram o fim dos ataques de represália contra o Irã, que visaram alvos militares em várias áreas de Teerã. Os ataques, que duraram algumas horas, foram descritos pelo porta-voz das IDF, Daniel Hagari, como uma resposta direta aos meses de explosões contínuas transferidas ao regime iraniano contra Israel. Em comunicado, Hagari afirmou que a operação estava completa e que as forças israelenses realizaram “ataques direcionados e precisos”, evitando ameaças iminentes ao território israelense.
Ataques e ações militares em solo iraniano
De acordo com a imprensa iraniana, a primeira intervenção israelense teve como alvo bases militares situadas no oeste e sudoeste da capital, Teerã. A defesa iraniana, segundo as agências estatais, conseguiu interceptar e repelir parte dos mísseis. Ainda assim, em uma segunda rodada de ataques, Israel lançou uma ofensiva adicional que atingiu pontos estratégicos no centro e leste de Teerã. A Organização de Aviação Civil do Irã respondeu suspendendo todos os voos internos e internacionais do país, gerando um alerta máximo em todo o espaço aéreo iraniano até nova ordem.
Retaliação iraniana e os desafios diplomáticos para ambos os lados
A tensão entre os países já era alta antes dos ataques deste sábado, mas o estopim foi a suposta retaliação do Irã, que lançou aproximadamente 180 mísseis contra Israel em 1º de outubro. Esses ataques foram, de acordo com a imprensa iraniana, uma resposta à morte de dois importantes líderes de facções consolidadas por Teerã: Hassan Nasrallah, do Hezbollah, morto em Beirute, e Ismael Haniyeh, do Hamas, morto em Teerã. Ambos os grupos têm laços estreitos com o governo iraniano e atuam como parte de um bloco de oposição em Israel na região. A morte dos líderes gerou um impulso nas ações militares do Irã e as subsequentes consequências de Israel.
Após as últimas ofensivas, o governo iraniano declarou que responderá aos ataques israelenses de maneira proporcional. Analistas de segurança no Oriente Médio avaliam que essa declaração implica possíveis novas operações direcionadas contra alvos israelenses ou uma intensificação de apoio a aliados regionais contrários a Israel, como o próprio Hezbollah, no Líbano, o Hamas, em Gaza.
Netanyahu liderou encontro de segurança e estratégia na Força Aérea
Em Israel, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu convocou uma reunião no centro de operações da Força Aérea em Kirya, onde discutiu a situação ao lado das figuras centrais do governo e da defesa, incluindo o ministro da Defesa, Yoav Gallant, o chefe do Estado -Maior das IDF, Herzi Halevi, o diretor do Mossad, David Barnea, e o chefe do Shin Bet, Ronen Bar. Durante o encontro, Netanyahu e os líderes de segurança discutiram as implicações de segurança e as próximas medidas para conter possíveis retaliações.
Escalada de um conflito que ecoa em todo o Oriente Médio
Este debate direto entre as IDF e o Irã aumenta a já complexa rede de esforço no Oriente Médio, onde interesses internacionais e regionais se cruzam com frequência. O Irã, que há tempos sustenta uma política de resistência contra Israel e apoia facções que compartilham uma ideologia semelhante, vê o aumento da pressão como uma questão de sobrevivência regional, enquanto Israel reafirma seu compromisso com a defesa contra possíveis ameaças. A intervenção do fim de semana marca um ponto crítico nas relações entre os dois países, que já passa por um longo histórico e denso de negociações de agressão.
A comunidade internacional observa a situação com apreensão, pois uma escalada entre Israel e Irã tem o potencial de desestabilizar ainda mais uma área já fragilizada. Enquanto isso, os líderes ocidentais têm mantido conversas privadas sobre como apoiar uma possível resolução ou mediação para reduzir a tensão.
Fonte: Pleno News
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