Nas recentes eleições municipais, o número de partidos com prefeitos eleitos nas capitais brasileiras caiu de 12 para 8, revelando uma reorganização significativa no cenário político. Siglas tradicionais como PSDB, PDT, Cidadania e PSOL saíram enfraquecidas, enquanto PL e PT retomaram espaço, elegendo prefeitos em capitais após desempenhos fracos em 2020.

O PSDB, historicamente forte, sofreu uma queda drástica. Antes a segunda maior força nas capitais, hoje não possui prefeitos nessas cidades. O PDT, com perdas em Fortaleza e Aracaju, também enfrentou um revés, junto a Cidadania e PSOL, que ficaram sem representantes nas prefeituras.

O PL, impulsionado pela influência do ex-presidente Jair Bolsonaro, saiu fortalecido, conquistando quatro capitais. O PT, por sua vez, volta ao protagonismo ao eleger o prefeito de Fortaleza, a primeira capital que o partido governou nos anos 1980.

Prefeitos Eleitos e a Distribuição por Partido

Segundo levantamento do Estadão/Broadcast, MDB e PSD lideram com cinco capitais cada um. A lista completa inclui:

• MDB: Belém, Boa Vista, Macapá, Porto Alegre, São Paulo
• PSD: Belo Horizonte, Curitiba, Florianópolis, Rio de Janeiro, São Luís
• PL: Aracaju, Cuiabá, Maceió, Rio Branco
• União Brasil: Goiânia, Natal, Salvador, Teresina
• Podemos: Palmas, Porto Velho
• PP: Campo Grande, João Pessoa
• Avante: Manaus
• PSB: Recife
• PT: Fortaleza
• Republicanos: Vitória

Essas mudanças refletem uma reformulação nas forças políticas que governam as capitais, com tendências que podem moldar a direção dos próximos pleitos e o perfil de governança urbana no Brasil.

Fonte: Folha de Pernambuco