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Lady Gaga Lança Música "Disease" e Enfrenta Críticas por Suposta Blasfêmia e Ocultismo

Com referências sombrias e temas controversos, cantora pop divide opiniões no lançamento próximo ao Halloween
  • Categoria: Gospel
  • Publicação: 31/10/2024 16:55
  • Autor: Redação

A cantora Lady Gaga voltou a atrair polêmicas após o lançamento de sua nova música, Disease, na última sexta-feira (25), parte de seu sétimo álbum de estúdio. A faixa, que traz letras sobre doença, cura e questões religiosas, foi amplamente criticada nas redes sociais por referências que muitos consideraram desrespeitosas à fé cristã. A obra chegou ao público em um período sensível: o Halloween, época marcada por festividades e simbologias sombrias que alimentam o debate sobre influências ocultas no entretenimento.

Na letra de Disease, Gaga declara: "Eu poderia ser o médico, posso curar sua doença. Se você fosse um pecador, eu poderia fazer você acreditar [...] Eu posso te curar. Curar a sua doença", e, mais adiante, menciona: "Você é tão torturado quando dorme. Atormentado por todas as suas memórias. Você estende a mão e não há ninguém lá. Como um deus sem uma prece". Essas frases inflamaram críticas online de fãs e cristãos, com alguns internautas expressando indignação: “Só acho que não se deve brincar com religião nenhuma, seja qual for”, enquanto outro comentário afirmava: “Blasfêmia, Lady Gaga. Ela praticamente está brincando com a religião”.

Resposta da Crítica e a Elogiada Estética Sombria

Embora a canção tenha provocado indignação entre muitos cristãos, críticas de grandes publicações elogiaram a ousadia artística de Lady Gaga. Alexa Camp, da revista Slant Magazine, definiu a faixa como "uma incursão de volta às raízes sombrias de Gaga, perfeita para a temporada de Halloween". O portal britânico The Independent a descreveu como “uma dose potente de pop sombrio e obscuro”, enquanto Vulture chamou a música de “sombria e provocativa”.

Esses elogios refletem uma visão de que a artista está explorando temas difíceis e introspectivos de uma maneira provocativa e artística. No entanto, o conflito de visões entre a crítica e os cristãos levanta questões sobre a liberdade artística, limites éticos e o impacto social do pop com influências de temas religiosos e ocultos.

Líderes Cristãos e o Perigo da “Arte Sombria”

A música de Gaga, segundo críticos cristãos, representa uma crescente aceitação cultural de temas sombrios e anti-religiosos. O pastor Shane Pruitt expressou preocupação, afirmando que os cristãos devem reavaliar o que consomem no entretenimento: “Como cristãos, devemos ter cuidado com letras que, além de serem contrárias ao que acreditamos, zombam da nossa fé”. Kira Fontana, treinadora vocal e crítica das tendências atuais da música pop, reforça essa visão ao alertar que letras com teor sombrio, imoral e anti-Jesus têm um impacto duradouro nas novas gerações, promovendo uma “corrupção cultural” disfarçada de arte.

Essa visão é compartilhada pelo cantor cristão Shane Lynch, que em entrevistas recentes criticou o que descreveu como um crescimento do ocultismo na indústria do entretenimento. Ele relatou que práticas como o uso de capuzes, máscaras, fogo e pentagramas em apresentações e vídeos não são simples performances, mas representações de rituais que podem impactar o público de forma negativa. Lynch alertou que "a música é perigosa" e, segundo ele, há uma influência cultural profunda nesses conteúdos que ultrapassa a ideia de entretenimento inocente.

A Perspectiva da Artista: “Encarando Meus Demônios”

Em resposta às críticas, Gaga publicou em suas redes sociais um texto no qual explica sua inspiração para Disease. Segundo a cantora, a música é uma reflexão sobre seus “demônios interiores”, revelando que lida com questões emocionais intensas que a fazem se sentir “seduzida pelo caos e agitação”. A artista afirmou que a letra é um grito de aceitação das partes de si que ela considera obscuras: "Eu sou o condutor da minha própria sinfonia. Eu sou todos os atores nas peças que são minha arte e minha vida”. A mensagem foi concluída com uma referência direta ao Halloween, período associado a temas sombrios e espirituais.

No videoclipe da faixa, Lady Gaga aparece em cenas perturbadoras: como uma figura bruxa atormentada, com um líquido vermelho reminiscentes de sangue escorrendo pela boca, entre outras manifestações de dor e desespero. A estética do clipe e a letra levaram muitos a questionar as intenções da artista e o papel de tais imagens na indústria pop.

Halloween e a Representação de “Doenças da Alma”

O lançamento de Disease no final de outubro, quando celebrações de Halloween são comuns em várias partes do mundo, reforça o debate sobre a influência de rituais e imagens ocultas no entretenimento. O pastor Antônio Júnior enfatizou a importância de conscientizar os cristãos sobre o significado do Halloween para grupos ligados ao satanismo, lembrando que “é considerado o aniversário de Satanás e um dia especial para pactos e sacrifícios”. Ele questionou se, diante disso, o Halloween é realmente uma festa “inocente”.

Lady Gaga tem uma longa trajetória de temas controversos. De Bad Romance e Alejandro, que já foram considerados referências ao ocultismo e à irreverência religiosa, a Born This Way, que celebra a cultura LGBT, a artista constantemente provoca reações intensas, dividindo opinião pública e religiosa. Criada em uma família católica, Gaga é uma das cantoras mais influentes e inovadoras do cenário pop contemporâneo, cuja carreira é marcada por uma ousadia que frequentemente gera debate e reflete o contexto cultural e social em que se insere.

Entre críticas e elogios, Disease se destaca como mais um capítulo polêmico na carreira da artista, que desafia limites e provoca uma reflexão sobre a espiritualidade no entretenimento.

Fonte: Guia-me