O ex-congressista republicano Matt Gaetz anunciou nesta quinta-feira (21) que não aceitará a nomeação para procurador-geral dos Estados Unidos, feita pelo presidente eleito Donald Trump. A decisão ocorre em meio a críticas e polêmicas envolvendo uma investigação anterior por suposto tráfico sexual de menores, embora nenhuma acusação formal tenha sido apresentada contra ele.

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Por meio da rede social X, Gaetz justificou sua decisão, afirmando que sua nomeação estava se tornando uma distração para a transição de Trump e do vice-presidente eleito JD Vance.

"Não podemos nos dar ao luxo de perder tempo com disputas prolongadas em Washington, por isso decidi retirar minha candidatura a procurador-geral. O Departamento de Justiça de Trump deve estar pronto para agir desde o primeiro dia", escreveu Gaetz.

Polêmica em Torno da Nomeação

A indicação de Gaetz gerou resistência em ambas as casas do Congresso e dentro do Partido Republicano. Analistas apontaram a escolha como a mais controversa entre as nomeações de Trump, com dúvidas sobre sua aprovação no Senado, apesar da maioria republicana.

As controvérsias aumentaram após sua renúncia ao cargo de congressista na semana passada. A renúncia ocorreu logo após sua nomeação e levantou suspeitas de que seria uma estratégia para evitar investigações conduzidas pelo Comitê de Ética da Câmara dos Representantes.

O Comitê de Ética investigava alegações de que Gaetz teria tido relações com uma menor de idade, mas perdeu jurisdição sobre o caso após sua saída do Congresso.

Divisões Internas no Partido

A nomeação também gerou divisões internas no Partido Republicano. Muitos legisladores pediram a divulgação completa da investigação do Comitê de Ética antes de qualquer confirmação para o cargo.

Gaetz, que no passado desempenhou papel central em disputas políticas internas do partido, como a destituição do então presidente da Câmara Kevin McCarthy, continuava sendo uma figura polarizadora.

Próximos Passos

Com a retirada de Gaetz, Trump precisará indicar outro nome para liderar o Departamento de Justiça. A transição de governo promete ser marcada por nomeações estratégicas que refletem as prioridades da nova administração.

Gaetz, por sua vez, deve enfrentar questionamentos sobre seu futuro político em meio às controvérsias que ainda pairam sobre sua carreira.

Fonte: Pleno News