Ex-ministro israelense critica mandado de prisão do TPI: “Precedente perigoso”
Yoav Gallant denuncia decisão do Tribunal Penal Internacional, que também emitiu ordens contra Netanyahu e líderes do Hamas
- Categoria: Internacional
- Publicação: 21/11/2024 16:33
- Autor: Redação
O ex-ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, classificou como um "precedente perigoso" a decisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) de emitir mandados de prisão contra ele, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, e o chefe militar do Hamas, Mohamed Deif, nesta quinta-feira (21).
Gallant, demitido recentemente por Netanyahu devido a discordâncias sobre a condução da guerra em Gaza e contra o Hezbollah, criticou duramente a equiparação entre líderes israelenses e integrantes do Hamas.
"Colocar o Estado de Israel e os líderes assassinos do Hamas no mesmo nível legitima o assassinato de bebês, o estupro de mulheres e o sequestro de idosos", escreveu Gallant na rede social X.
Contexto dos Mandados
Os mandados de prisão foram solicitados pelo promotor-chefe do TPI, Karim Khan, em resposta aos eventos decorrentes dos ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023. Naquela data, ataques do grupo palestino resultaram em 1.200 mortes e 250 sequestros em solo israelense.
Em retaliação, Israel declarou guerra ao Hamas, lançando uma ofensiva que já dura mais de um ano e deixou mais de 44 mil mortos na Faixa de Gaza. Durante o conflito, Gallant, como ministro da Defesa, ordenou um cerco total ao território, bloqueando suprimentos essenciais.
Acusações de Incentivo ao Terrorismo
Gallant acusou o TPI de "incentivar o terrorismo assassino" e defendeu que as ações militares israelenses são justificadas como uma guerra moral:
"A tentativa de negar a Israel o direito de atingir seus objetivos em sua guerra justa falhará. Continuaremos nossas ações até que os sequestrados sejam devolvidos, o Hamas seja desmantelado e os cidadãos de Israel possam viver em segurança."
Implicações para Israel e o Hamas
Além de Netanyahu e Gallant, o TPI incluiu em sua lista Yahya Sinwar e Ismail Haniyeh, líderes do Hamas mortos recentemente em operações israelenses, e Mohamed Deif, cujo status de sobrevivência ainda é incerto.
A decisão do TPI reflete as divisões globais sobre a condução do conflito israelense-palestino, com críticas a ambos os lados por violações de direitos humanos e desrespeito às leis internacionais de guerra.
Gallant reafirmou sua visão de que a atual guerra "em sete frentes" determinará o futuro de Israel por décadas.
Fonte: Pleno News