Pastor nos EUA enfrenta acusações de "discurso de ódio" após citar a Bíblia
Corretor imobiliário e ex-candidato ao Conselho Municipal luta para manter sua licença após publicação de 2015 sobre casamento
- Categoria: Gospel
- Publicação: 26/11/2024 18:12
- Autor: Redação
Wilson Fauber, pastor e corretor imobiliário na Virgínia, Estados Unidos, está enfrentando uma audiência de ética marcada para 4 de dezembro, onde corre o risco de perder sua licença profissional. A situação surgiu após críticas a uma publicação feita em 2015 nas redes sociais, na qual ele citava versículos bíblicos sobre casamento entre pessoas do mesmo sexo.
A origem da controvérsia
A postagem, compartilhada durante debates sobre a legalização do casamento homoafetivo nos EUA, foi desenterrada por opositores políticos durante sua campanha ao Conselho Municipal de Staunton, em 2023. Fauber perdeu a eleição, mas, meses depois, recebeu uma notificação da National Association of Realtors (NAR), informando que sua publicação havia sido denunciada como "discurso de ódio".
– Meu reclamante disse que postar aquele versículo e outras passagens bíblicas que eu postei é discurso de ódio – contou Fauber.
O pastor ressaltou que nunca enfrentou problemas em seus 44 anos de profissão e que suas ações sempre refletiram seus valores religiosos.
Impacto das novas regras da NAR
A controvérsia gira em torno de uma regra da NAR, adotada em 2020, que proíbe "discurso de ódio" com base em características como orientação sexual e identidade de gênero. Segundo o advogado de Fauber, Michael Sylvester, essa política permite que a associação monitore até mesmo atividades fora do ambiente de trabalho, incluindo pregações religiosas.
– Aparentemente, citar a verdade da Bíblia agora é o suficiente para desencadear uma audiência formal de ética – declarou Sylvester.
Consequências potenciais
Se considerado culpado, Fauber pode enfrentar multas de até 15 mil dólares, além da perda de sua licença imobiliária.
– A maneira como vejo isso é perseguição e certamente uma tentativa de silenciar minha liberdade de expressão – afirmou Fauber.
Sylvester já indicou que recorrerá caso o resultado da audiência seja desfavorável.
Defesa e fé inabalável
Fauber declarou que não pretende se desculpar por divulgar suas crenças religiosas e vê o processo como um chamado divino para defender sua fé.
– Não estou arrependido. Não tenho vergonha do Evangelho de Jesus Cristo e continuarei a proclamá-lo corajosamente – afirmou.
O Founding Freedoms Law Center, que defende Fauber, classificou o caso como um ataque à liberdade religiosa e pediu orações para a audiência.
– Esperamos que o painel veja esse ataque pelo que ele é — uma tentativa politicamente motivada de silenciar a fé de Fauber – concluiu Sylvester.
A decisão do caso pode ter implicações significativas para profissionais religiosos que compartilham publicamente suas crenças, tanto nos EUA quanto em outros países onde questões de liberdade de expressão e religião estão em debate.
Fonte: Guia-me