Irã Cobra Posição de Trump e Condena Mortes de Líderes do Hamas e Hezbollah
Governo iraniano espera que a nova administração americana interrompa conflitos em Gaza e no Líbano; investigações nos EUA apontam plano de agentes iranianos para assassinar o presidente eleito.
- Categoria: Internacional
- Publicação: 11/11/2024 17:24
- Autor: Redação
O governo do Irã afirmou, nesta segunda-feira (11), que “o mundo espera” que o governo do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, ponha fim às guerras de Israel com os grupos terroristas Hamas e Hezbollah.
“O governo americano é o principal defensor das ações do regime sionista [Israel] e o mundo espera a promessa do novo governo americano de pôr fim imediatamente à guerra contra as populações inocentes de Gaza e Líbano”, afirmou o primeiro vice-presidente do Irã, Mohammad Reza Aref, durante uma cúpula conjunta em Riad, na Arábia Saudita, com a Liga Árabe e a Organização de Cooperação Islâmica.
O primeiro vice-presidente do Irã também condenou as mortes de Yahya Sinwar, do Hamas, e Hassan Nasrallah, do Hezbollah.
“As operações de assassinato seletivo não são nada além de ilegalidade e terrorismo organizado, e transformam o aparato de segurança em uma ferramenta para matar líderes e cidadãos dos países”, alegou.
Esse é o segundo pronunciamento de um político ligado ao governo do Irã desde as eleições americanas. O presidente do país, Masoud Pezeshkian, afirmou que o Irã “não se importa” com o resultado das eleições nos Estados Unidos, em declaração à agência estatal IRNA, na última quarta-feira (6).
“Para nós não importa quem ganhou as eleições americanas, porque o nosso país e o nosso sistema dependem da sua força interior e de uma nação grande e honrada”, disse Pezeshkian.
Agentes do Irã Planejaram Matar Trump, Dizem Promotores
As declarações de Teerã sobre a vitória de Trump ocorrem em meio a investigações de promotores federais dos EUA sobre planos de agentes do Irã para assassinar o presidente eleito.
Um dos conspiradores afirmou que foi designado em setembro para executar o plano pela Guarda Revolucionária Islâmica do Irã, segundo informações dos promotores em documentos judiciais. O agente revelou a um funcionário da Guarda Revolucionária que o plano custaria uma quantia “enorme” de dinheiro. Em resposta, o funcionário disse: “Já gastamos muito dinheiro, dinheiro não é um problema.”
O homem identificado como responsável pelo plano para matar Trump é Farhad Shakeri, de 51 anos, que está foragido e, segundo os promotores, reside no Irã. Dois outros homens foram presos no caso e enfrentam acusações de conspiração: Carlisle Rivera, de 49 anos, do Brooklyn, e Jonathan Loadholt, de 36 anos, de Staten Island.
O Ministério das Relações Exteriores do Irã, por sua vez, classificou as acusações dos EUA como “totalmente infundadas”.
“O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Esmail Baghai, considera completamente infundadas as acusações de que o Irã está envolvido numa tentativa de assassinato contra antigos e atuais funcionários dos EUA e rejeita-as”, afirmou o Ministério em comunicado.
Esta não é a primeira vez que Teerã planeja um ataque contra Trump. Os serviços de inteligência dos Estados Unidos já haviam detectado um plano anterior que seria executado durante a campanha do republicano. O complô iraniano seria uma retaliação pela morte do general Qassim Suleimani, comandante da Guarda Revolucionária do Irã, considerado um terrorista pelos EUA. O ataque aéreo que matou Suleimani em 2020, no aeroporto de Bagdá, foi ordenado por Trump, então presidente dos EUA.
Fonte: Pleno news