O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou ter conversado três vezes com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, desde sua vitória nas eleições, em 5 de novembro, com o objetivo de fortalecer a aliança entre os dois países. Segundo Netanyahu, ambos compartilham a visão sobre a “ameaça iraniana em todos os seus componentes e o perigo que ela representa”. As declarações foram feitas em um vídeo divulgado neste domingo (10).

“Nós também vemos as grandes oportunidades diante de Israel, no campo da paz e sua expansão, e em outras esferas (…) Essas foram conversas boas e muito importantes”, garantiu o líder israelense.

De acordo com o jornal Times Of Israel, Netanyahu enviou seu ministro de Assuntos Estratégicos, Ron Dermer, a Washington para buscar avanços em um cessar-fogo no Líbano. Dermer teria uma reunião agendada com Trump e assessores de alto escalão, embora a pasta do ministro tenha preferido não comentar sobre a visita.

Na semana anterior, Dermer esteve na Rússia em uma visita secreta, reportada pela Rádio do Exército, para discutir o papel de Moscou na garantia de um acordo diplomático duradouro para encerrar o conflito entre Israel e Hezbollah.

Apesar de parecer uma meta ambiciosa, Trump declarou a Netanyahu que deseja o fim dos conflitos em Gaza e no Líbano até sua posse, marcada para 20 de janeiro. Ele também expressou ao governo de Joe Biden a expectativa de avanços em um cessar-fogo com o Hezbollah.

Enquanto Netanyahu busca apoio de Trump, o gabinete do presidente israelense, Isaac Herzog, está em contato com a equipe de Biden para tratar do assunto.

O Oriente Médio vive um clima de apreensão devido à retaliação que o Irã prometeu após a ofensiva israelense de 26 de outubro. Naquela data, as forças de Netanyahu destruíram defesas aéreas e comprometeram a produção de mísseis do Irã, em resposta ao lançamento de 200 mísseis balísticos iranianos contra Israel em 1º de outubro, após um ataque israelense ter enfraquecido o Hezbollah.

Fonte: Pleno News