Holanda Anuncia Fechamento de Fronteiras Terrestres com a UE por Seis Meses
Medida busca controlar fluxos migratórios e reflete endurecimento de políticas contra imigração irregular na Europa.
- Categoria: Internacional
- Publicação: 12/11/2024 17:03
- Autor: Redação
Haia, Holanda | O governo da Holanda comunicou nesta segunda-feira (11/11) que fechará suas fronteiras terrestres com a União Europeia (UE) a partir de 9 de dezembro, por um período inicial de seis meses. A decisão, segundo a porta-voz da ministra da Migração, Marjolein Faber, visa controlar a migração e faz parte de um conjunto de medidas mais rígidas adotadas pelo governo do primeiro-ministro Dick Schoof.
Integrante do Espaço Schengen, a Holanda tem, até o momento, permitido a livre circulação de pessoas e mercadorias por suas fronteiras com os países vizinhos. No entanto, o tratado permite que membros reintroduzam controles de fronteira em situações extraordinárias. Assim, viajantes provenientes da Bélgica e da Alemanha, que fazem fronteira com a Holanda, enfrentarão controles adicionais ao tentar ingressar no território holandês.
Endurecimento nas Políticas Migratórias
A nova diretriz é parte da estratégia do governo de direita para limitar a imigração ilegal e reforçar a segurança nacional. A coalizão inclui o Partido para a Liberdade, liderado por Geert Wilders, conhecido por seu posicionamento antimuçulmano e sua retórica de oposição a políticas de acolhimento de refugiados e asilados.
A medida segue um movimento semelhante de outros países da região. Em setembro, a Alemanha introduziu controles em suas nove fronteiras terrestres, com prazo inicial até 15 de março de 2025. Áustria, Dinamarca, Noruega, França, Eslovênia, Itália e Suécia adotaram restrições temporárias pelas mesmas razões: a imigração irregular e preocupações com ameaças terroristas.
A decisão da Holanda destaca uma tendência crescente na Europa de endurecimento das políticas migratórias, refletindo pressões internas e receios de segurança que afetam a dinâmica de um continente historicamente comprometido com a livre circulação.
Fonte: Correio Braziliense