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Tisha B’Av Sob Ameaça: Oração, Jejum e o Medo de um Ataque Iraniano

Data de luto judaico é marcada por tensões crescentes no Oriente Médio, com temor de retaliação iraniana.
  • Categoria: Gospel
  • Publicação: 23/08/2024 09:32
  • Autor: Gospel Prime

O Tisha B’Av, tradicionalmente conhecido como um dos dias mais tristes do calendário judaico, ganha uma nova dimensão em 2024, em meio à escalada das tensões no Oriente Médio. Este período de lamento, que começou ao anoitecer de segunda-feira (12) e se estende até o pôr do sol de terça-feira (13), relembra a destruição dos dois templos antigos em Jerusalém, e desta vez, a data está sendo vivida sob a sombra de ameaças de ataque vindas do Irã.

A possibilidade de que o Irã escolha este momento simbólico para retaliar o recente assassinato de um líder do Hamas preocupa profundamente Israel e os judeus ao redor do mundo. A história ensina que o país já foi atacado em datas religiosas significativas, como na Guerra do Yom Kippur de 1973, aumentando o estado de alerta entre as forças israelenses e seus aliados. Os Estados Unidos, conscientes da gravidade da situação, reforçaram sua presença militar na região, enviando submarinos com mísseis guiados e um grupo de ataque de porta-aviões.

Além das ameaças externas, o clima político e social em Israel tem gerado um profundo desconforto entre os israelenses. O cantor Scott Borsky expressou seu temor ao dizer: “Me sinto mal ao entrar em Tisha B’Av este ano – o dia mais triste do calendário judaico”. Suas palavras refletem o medo crescente de que o Irã possa desencadear um ataque durante este período de luto.

Dina Epshtein, uma residente israelense, trouxe à tona outra preocupação: a divisão interna que o país enfrenta. “Eu me pego sentada e preocupada – e não por causa da ameaça do Irã ou do Líbano, mas por causa do que nos tornamos”, afirmou, destacando as feridas sociais que se aprofundam enquanto as ameaças externas se intensificam.

A rabina Leah Sarna, por sua vez, observou como a leitura do livro de Lamentações, uma tradição em Tisha B’Av, adquiriu um significado ainda mais forte após o ataque de 7 de outubro. “Este ano vivemos o exagero – inimigos que praticavam esses mesmos níveis de crueldade. Ajuda lembrar que nosso povo já esteve aqui antes e sobreviveu”, disse ela, buscando conforto nas páginas da história judaica.

Com ataques diários de foguetes lançados por militantes do Hezbollah a partir do Líbano, e as forças israelenses em alerta máximo, o medo de um conflito regional mais amplo se torna cada vez mais real. À medida que o Tisha B’Av se desenrola em meio a estas tensões, judeus em Israel e ao redor do mundo encontram-se em um estado de reflexão e oração, aguardando com apreensão o desenrolar dos acontecimentos.

Fonte: Gospel Prime