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Cocaína rosa preocupa autoridades europeias com aumento de apreensões e mortes

Droga sintética com mistura imprevisível de substâncias se espalha por Europa e acende alerta em saúde pública
  • Categoria: Internacional
  • Publicação: 25/09/2024 08:25
  • Autor: Redação

A cocaína rosa, um coquetel de drogas sintéticas com crescente popularidade na Europa, tem se tornado uma grande preocupação para autoridades de saúde e segurança. No início de setembro, a Espanha realizou sua maior apreensão da substância, interceptando grandes quantidades da droga juntamente com mais de um milhão de pílulas de ecstasy em uma operação que teve como alvo redes de distribuição em Ibiza e Málaga.

Conhecida por sua aparência chamativa, a cocaína rosa tem atraído usuários jovens, sendo vendida como uma droga de "alta qualidade", apesar dos riscos severos que apresenta. Misturada com substâncias como MDMA, cetamina e 2C-B, a composição da droga é extremamente imprevisível, o que aumenta o perigo de overdose. Especialistas comparam seu consumo à roleta russa, já que os usuários podem esperar os efeitos de um estimulante como a cocaína, mas acabam expostos a misturas químicas que podem ser fatais.

A estética vibrante da cocaína rosa e seu apelo visual, intensificados por sua coloração e aromas, fazem parte da estratégia de comercialização que atrai especialmente o público mais jovem. Entretanto, organizações que trabalham com a redução de danos causados por drogas na Europa estão em alerta, clamando por ações urgentes diante do crescente número de mortes associadas à substância.

Autoridades de saúde em países como Espanha e Reino Unido ainda enfrentam dificuldades para identificar e controlar a cocaína rosa, já que a droga escapa de muitos dos testes convencionais. Seu preço elevado, em torno de US$ 100 por grama na Espanha, não inibe a demanda, principalmente em festas e baladas da região.

Com origem na América Latina, a cocaína rosa se espalhou para a Europa, com evidências de crescimento de seu consumo em países como Escócia, País de Gales e Inglaterra. Diante desse cenário, especialistas e autoridades pedem campanhas de conscientização e a ampliação do uso de kits de verificação de substâncias, que permitem aos usuários identificar os componentes da droga antes do consumo, como uma medida de proteção em um ambiente de alto risco.

A crescente popularidade da cocaína rosa não é apenas um problema de saúde pública, mas também um reflexo da constante mutação do mercado de drogas ilícitas, onde a estética e o comportamento de risco se combinam para criar novas e perigosas ameaças.

Fonte: Correio Braziliense